A acessibilidade é um tema cada vez presente na sociedade, que entende a importância de tornar os espaços mais acessíveis. Nesse sentido, um dos elementos mais utilizados em projetos desse tipo é o mapa tátil.
Assim, os mapas táteis têm se mostrado uma ferramenta essencial para a inclusão de pessoas com deficiência visual. Eles permitem que as pessoas cegas ou com baixa visão compreendam e explorem os ambientes de forma independente e segura.
Mas, afinal, o que é um mapa tátil? Como ele funciona? E de que forma contribui para a acessibilidade em diferentes contextos? Vamos entender em detalhes a partir de agora. Continue a leitura e saiba tudo a respeito do mapa tátil e como deixar seu projeto mais acessível!
O que é um mapa tátil?
De forma geral, um mapa tátil é uma representação gráfica de um espaço ou ambiente, desenvolvida com recursos perceptíveis ao tato.
Mas, diferente de mapas comuns (que utilizam cores, símbolos visuais e legendas) , os mapas táteis utilizam outros recursos. Por exemplo: texturas, relevos, braile e contrastes que têm como objetivo transmitir informações às pessoas com deficiência visual.
Assim sendo, os mapas táteis podem representar desde plantas de edificações, como indicar entradas, escadas, banheiros e elevadores. Por isso, podem ser utilizados em vários tipos de projetos, inclusive em parques, praças e estações de transporte (mapas maiores).
O mais importante é você saber que o conteúdo do mapa precisa ser funcional e perceptível ao toque. O ambiente em si terá que ser compreendido sem o uso da visão, seja com o intuito de auxiliar pessoas totalmente cegas ou indivíduos com baixa visão.
Nesse contexto, os materiais mais utilizados na confecção de mapas táteis são variados e incluem PVC, acrílico, entre outros. Cada material tem suas vantagens, como maior durabilidade, resistência a intempéries ou custo reduzido para produções em larga escala.
Isso significa que há soluções tanto para ambientes internos quanto externos!
A importância do mapa tátil para a acessibilidade
Segundo o censo de 2022, o Brasil tem mais de 14 milhões de pessoas com deficiência. Desse total, quase 8 milhões possuem dificuldade de enxergar. Além disso, a deficiência visual ainda traz desafios significativos na locomoção e na orientação em ambientes novos.
Muitas vezes, a ausência de referências espaciais claras limita a autonomia dessas pessoas, que acabam dependendo da ajuda de terceiros para se deslocar. Nesse sentido, o mapa tátil atua como um instrumento de autonomia e inclusão.
Com ele, uma pessoa com deficiência visual pode “ler” o espaço antes de explorá-lo, entendendo onde estão os pontos de referência mais importantes. Pensando nisso, entre os principais benefícios desse elemento, destacam-se:
- Orientação espacial: ajuda na compreensão de ambientes complexos, como centros comerciais, shoppings, ambientes corporativos, clínicas e hospitais, etc.;
- Autonomia: reduz a dependência de acompanhantes ou funcionários, promovendo a independência das pessoas;
- Segurança: permite identificar rotas seguras e saídas de emergência, evitando problemas mais sérios;
- Inclusão social: garante participação plena em espaços públicos, educacionais e culturais;
- Cumprimento da legislação: ajuda empresas e órgãos a atender normas de acessibilidade, que constantemente passam por atualizações.
Onde os mapas táteis podem ser aplicados?
Os mapas táteis têm aplicações diversas e podem ser utilizados em ambientes públicos e privados. Veja alguns exemplos:
- Transporte público: em estações de metrô, rodoviárias e terminais de ônibus, ajudam os usuários a localizar plataformas, bilheterias, sanitários e acessos;
- Espaços culturais: museus, centros culturais, bibliotecas e teatros utilizam para indicar salas, auditórios e áreas de convivência. Muitas instituições já oferecem maquetes táteis de obras e edifícios, ampliando a experiência sensorial;
- Instituições de ensino: universidades e escolas utilizam mapas táteis nos principais acessos, permitindo que alunos com deficiência visual se orientem de forma independente;
- Parques e praças: áreas de lazer e turismo se beneficiam com mapas maiores, permitindo que visitantes compreendam a estrutura do local e planejem seu passeio.
- Hospitais e prédios públicos: instituições de saúde e repartições oferecem maior autonomia aos usuários ao disponibilizar mapas táteis próximos à recepção e em áreas estratégicas.
Como é feito um mapa tátil?
A produção de um mapa tátil envolve etapas técnicas e conceituais. Ou seja, esse elemento não é produzido de qualquer jeito ou conforme as preferências do gestor do espaço. Ele precisa seguir um padrão, para promover a acessibilidade de acordo com as normas técnicas.
Portanto, o desenvolvimento do mapa tátil passa por diversas etapas, como:
Seleção das informações
É importante incluir apenas elementos relevantes, como entradas, banheiros, elevadores, escadas e rotas principais.
Simplificação do desenho
Informações em excesso podem confundir o leitor. Assim, o design deve ser claro e direto.
Uso de texturas diferenciadas
Cada área ou elemento precisa de uma textura específica, facilitando a distinção ao toque.
Aplicação do braille
Fundamental para complementar a leitura, identificando símbolos e locais importantes.
Testes com usuários
A validação com pessoas cegas ou com baixa visão garante a eficácia do recurso.
Legislação e normas técnicas
No Brasil, a acessibilidade é assegurada por diversas normas e legislações. Podemos citar como ótimo exemplo a Lei Brasileira de Inclusão (Lei 13.146/2015), que garante o direito à acessibilidade em espaços públicos e privados.
Temos também a ABNT NBR 9050, que estabelece critérios técnicos de acessibilidade em edificações, mobiliários e equipamentos urbanos, incluindo sinalização tátil.
Por fim, não podemos esquecer das leis estaduais e municipais, que variam de acordo com cada localidade. É bem interessante você verificar as leis da sua região!
Essas regulamentações são fundamentais para que o recurso seja cada vez mais adotado, transformando ambientes em espaços realmente inclusivos.
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Tecnologias associadas aos mapas táteis
A tecnologia tem potencializado os mapas táteis, tornando-os mais dinâmicos e acessíveis; contribuindo assim com a acessibilidade. Algumas soluções modernas envolvem:
- Mapas interativos: combinam relevo com sensores que emitem sons ou vibrações quando tocados;
- QR Codes e NFC: adicionam informações extras por meio de aplicativos de celular;
- Integração com aplicativos de navegação: permitem que o usuário planeje rotas acessíveis em ambientes grandes, como campi universitários ou shoppings.
Apesar da importância, muitos projetos ainda não contam com mapas táteis. Os principais desafios nesse sentido envolvem:
- Custo de produção: materiais duráveis podem encarecer o projeto;
- Falta de conhecimento técnico: nem todos os profissionais sabem como desenvolver um mapa tátil corretamente;
- Baixa conscientização: infelizmente, muitos gestores ainda não priorizam a acessibilidade, tanto no setor público como no privado;
- Manutenção: sem conservação adequada, o mapa perde sua funcionalidade.
Porém, mais do que um recurso técnico, o mapa tátil representa cidadania. Ele permite que pessoas cegas ou com baixa visão tenham autonomia e confiança em seus deslocamentos, contribuindo para uma sociedade mais justa e igualitária.
Quando um espaço adota mapas táteis, transmite a mensagem de que todas as pessoas são bem-vindas. Isso fortalece a inclusão e promove a diversidade.
Por fim, você pode superar todos os desafios citados acima. Quer saber como?
Concluindo…
O mapa tátil é muito mais do que uma ferramenta de orientação. Ele simboliza respeito, inclusão e acessibilidade. Em empresas, por exemplo, a acessibilidade também contribuiu para a boa reputação do local e pode até mesmo atrair novos clientes!
Ou seja, apostar em um projeto acessível não é um gasto, mas um investimento para o futuro! E, para viabilizar as melhores soluções, é essencial contar com uma empresa especializada.
Assim, você poderá driblar os desafios que envolvem alto custo, manutenção e falta de conhecimento técnico. Então, saiba que pode contar com a ajuda da Essencial Acessibilidade, empresa especializada em soluções acessíveis.
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