5 verdades que desafiam preconceitos sobre a deficiência visual

Conteúdos dessa Matéria

Em pleno 2025 ainda existem muitos tabus e preconceitos envolvendo a deficiência visual. Muitas vezes, as pessoas associam a falta de visão à incapacidade total de realizar atividades cotidianas.

No entanto, esse pensamento limitado não reflete a realidade de milhões de indivíduos que vivem com deficiência visual. Dessa forma, hoje elaboramos um conteúdo diferente, mas muito informativo.

Veja na sequência 5 verdades que desafiam os preconceitos sobre essa condição. São fatos que vão contribuir para desmistificar ideias erradas, promovendo uma compreensão mais profunda e inclusiva.

Quebrando preconceitos sobre deficiência visual

A deficiência visual é uma condição com muitos estereótipos, que distorcem a realidade, levando ao preconceito. E isso não só afeta a autoestima, mas também impede o acesso a direitos e a oportunidades de trabalho, educação e lazer.

Nesse sentido, é fundamental reconhecer que a deficiência visual não define a totalidade de uma pessoa. Cada indivíduo tem potencial, habilidades e sonhos que vão muito além da capacidade de enxergar.

Seguindo esse raciocínio, apresentamos abaixo 5 verdades que desafiam os preconceitos e ampliam a visão sobre deficiência visual.

Verdade 1: a deficiência visual não define a pessoa

É comum ouvir frases como “ele não pode fazer isso porque é cego” ou “ela não tem capacidade para aprender”. Essas ideias limitam a pessoa a uma única característica, ignorando todo o seu potencial.

Então, lembre-se que a deficiência visual é apenas uma parte da identidade de alguém. Ou seja, ela não determina talentos, inteligência, personalidade ou a capacidade de conquistar grandes feitos.

Pessoas com deficiência visual são profissionais competentes, atuando em diversas áreas, como tecnologia, educação, artes e esportes. Muitos se destacam como líderes em suas áreas de atuação.

Verdade 2: as habilidades vão além da visão

A visão é um sentido importante, mas não é o único meio de interagir com o mundo. Pessoas com deficiência visual desenvolvem outros sentidos de forma mais aguçada, como a audição, o tato e até mesmo o olfato. Essa ampliação sensorial permite que elas percebam detalhes que podem passar despercebidos por pessoas com visão plena.

O tato, por exemplo, torna-se um poderoso aliado, sendo que livros em braile e tecnologias assistivas possibilitam o acesso à informação de maneira tátil e sonora. A leitura, a escrita e a comunicação se transformam em experiências ricas e multidimensionais. Além disso, a audição é utilizada para captar nuances de conversas, músicas e ambientes, enriquecendo a compreensão do mundo ao redor.

Verdade 3: A tecnologia transforma

A tecnologia tem um papel fundamental na vida das pessoas com deficiência visual. Assim, inovações constantes vêm revolucionando o modo como elas acessam informações, se comunicam e realizam atividades diárias.

Podemos citar como exemplo os softwares de leitura de tela, aplicativos de navegação e dispositivos adaptados. Essas tecnologias estão rompendo barreiras e permitindo que pessoas com deficiência visual participem da sociedade de forma justa.

Mas a inovação segue em constante evolução. Empresas e instituições investem em pesquisa para desenvolver novas soluções que promovam a inclusão. Projetos de realidade aumentada e inteligência artificial, por exemplo, têm mostrado resultados promissores na criação de dispositivos que auxiliam na mobilidade e na interação social.

Verdade 4: inclusão é uma via de mão dupla

A inclusão não é responsabilidade exclusiva das pessoas com deficiência visual. Ela depende de um esforço conjunto entre a sociedade, o poder público e o setor privado. Para que a inclusão seja efetiva, é preciso criar ambientes acessíveis e promover a conscientização sobre as necessidades e os direitos dessas pessoas.

Nesse sentido, precisamos destacar as políticas públicas. Elas têm papel fundamental nesse processo. Dessa forma, leis e regulamentações de acessibilidade são importantes para garantir que os espaço se adaptem às necessidades de todos.

A educação também é um pilar importante na construção de uma sociedade inclusiva. É preciso que as escolas ensinem sobre diversidade e inclusão desde cedo. Com isso, será viável uma mudança de mentalidade que, por sua vez, ajuda a eliminar preconceitos e construir um futuro mais inclusivo.

Verdade 5: A diversidade enriquece a sociedade

A presença de pessoas com deficiência visual contribui para a diversidade e a riqueza cultural da sociedade. Essa diversidade traz novas perspectivas, ideias e formas de viver. Quando se valoriza a diferença, abre-se um leque de possibilidades para a inovação e o desenvolvimento social.

Mitos sobre deficiência visual

A deficiência visual é um tema que carrega muitos mitos e isso não é de hoje! Abaixo, vamos ver alguns exemplos e destacar a verdade.

  • Toda pessoa cega lê em braille: dados do IBGE apontam que grande parte das pessoas cegas no Brasil não foram alfabetizadas no sistema braille. E isso por conta de dois motivos principais. O primeiro é porque muitos deficientes visuais perderam a visão na fase adulta. O outro motivo é que algumas tecnologias “substituem” o braille, que vem perdendo espaço em muitas localidades;
  • Pessoas com deficiência visual não conseguem escrever à mão ou assinar documentos: muitas pessoas conseguem realizar essas atividades, mesmo que possam ter uma dificuldade a mais. Grande parte dos deficientes visuais aprendem a escrever o próprio nome e assinar documentos;
  • Indivíduos cegos não podem morar sozinhos: esse é um dos principais mitos envolvendo a deficiência visual. Seguindo algumas regras e cuidados básicos, essas pessoas podem morar sozinhas. Aliás, existem entidades que fornecem treinamentos para isso. Claro que, mesmo assim, morar sozinho pode ser difícil no início.

Como vimos, pessoas com deficiência visual podem ser independentes. Mas, para isso, precisam ter acesso a ambientes e ferramentas adequadas. Como destacamos anteriormente, toda a sociedade precisa estar empenhada para a inclusão e acessibilidade.

Outras perguntas sobre deficiência visual

Antes de encerrar, queremos responder outras perguntas muito comuns quando o assunto é deficiência visual. Vamos lá?

Deficientes visuais gostam de receber auxílio na rua?

Muitos querem e precisam de ajuda, principalmente em locais com falta de acessibilidade. Só que tudo depende de como a outra pessoa oferece o auxílio. Por exemplo, quem quer ajudar não deve ser invasivo. Puxar a pessoa pelo braço ou pela bengala é um erro muto grande. O segredo é, antes de mais nada, perguntar se o deficiente visual precisa de ajuda.

Cão-guia é melhor do que a bengala?

Isso também depende e a resposta varia de pessoa para pessoa. Alguns deficientes visuais simplesmente não se adaptam com o cão-guia. Assim, o uso da bengala é a melhor alternativa. Já outros se adaptam e criam uma relação de amor e afeto com o cão. É preciso ainda levar em conta o estilo de vida da pessoa. Por exemplo, a bengala é mais indicada para locais de difícil acesso.

Deficientes visuais não gostam de ser chamados de cegos?

Tenha em mente que toda pessoa cega é uma pessoa com deficiência visual. Porém, nem todo deficiente visual é cego, pois existem milhões de pessoas com visão reduzida. Então, o termo cego é utilizado para se referir a pessoas com nenhuma visão. E elas não se sentem ofendidas com o uso dessa palavra, desde que ela não seja empregada de maneira capacitista ou pejorativa.

Conclusão

Depois dessas informações super importantes a respeito da deficiência visual, chegou a hora de você fazer a sua parte para uma sociedade mais justa e inclusiva.

E você pode dar o primeiro passo pensando na acessibilidade do seu projeto ou adaptando espaços já existentes. Para isso, converse com a equipe da Estrutural Acessibilidade e conheça nossas soluções para um mundo mais igualitário.

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